lunes, 10 de junio de 2013

Testimonios Peregrinos

Caminhar : é um acto de paciência

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Pode parecer um pouco tolo, mas tenho a impressão de que a partir do momento em que comecei a fazer caminhadas de longa duração, me tornei mais paciente.
Caminhar várias horas seguidas e muitas das vezes sozinha, implica ter tempo para reflectir, fazer auto-análise, repensar a vida, dar asas aos sonhos e pensamentos e observar o que nos rodeia.
O facto de ir a pé e ver a paisagem mudar lentamente ou ver a meta ao fundo, mas nunca mais lá chegar, implica ter paciência e resistência psicológica.
Quando já conhecemos o trajecto, por um lado pode tornar-se aborrecido se muitas vezes repetido, mas a vantagem é que sabemos os melhores sítios de repouso, as partes mais exigentes ou que depois daquela curva chegamos ao destino. Pelo contrário, quando o percurso é desconhecido e o horizonte apesar de nos aparecer à frente, leva horas a ser alcançado, é um desconsolo e com o cansaço é preciso muita determinação para não desistir ou dar lugar ao desânimo.
Que me desculpem os ciclistas e bicigrinos, pois nem andar de bicicleta sei (ainda!), mas parece-me que o desafio será diferente. Enquanto que a pé podemos levar 3 dias a percorrer campos de trigo (Caminho Francês), o que se torna extremamente monótono e desgastante, de bicicleta bastará apenas um dia. No entanto, caminhar dá-nos tempo para nós próprios e para os outros, proporcionando óptimos momentos de partilha.
Eu, coach potato, que não gostava de qualquer espécie de exercício físico, passei a apreciar as caminhadas e até a sentir falta delas quando não as faço. Quem diria, hein?! 
;-)

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